Aprenda Como Fazer a Demonstração De Fluxo De Caixa

Aprenda Como Fazer a Demonstração De Fluxo De CaixaJá fez o seu fluxo de caixa? Veja agora como fazer a demonstração de fluxo de caixa da sua empresa.

O fluxo de caixa é um dos pontos mais importantes na analise de uma empresa, fornecendo informações realmente valiosas. Através dele, torna-se possível averiguar as saídas e entradas de valores, sem contar no fluxo de venda. Esses pontos costumam ser utilizados não apenas na questão de contabilidade da empresa, mas também nos próprios planejamentos estratégicos.

Acontece que as vezes acontece de se ter o fluxo de caixa em dia, correto e etc, porém, sente-se dificuldades em fazer a demonstração do fluxo de caixa, o que dificulta a análise da empresa e planejamentos.

Pense da seguinte forma, você está pensando em vender seu negócio, porém, o possível comprador deseja averiguar como o negócio está indo em termos financeiros. Bom, nesse momento você terá que fazer uma demonstração de fluxo de caixa e, caso seja elaborada erroneamente, pode, tranquilamente, custar a chance de venda do seu negócio.

É importante destacar que ao contrario da D.O.A.R, a demonstração de fluxo de caixa não trata da situação financeira geral da empresa, mas tão somente do caixa, ou seja, entradas e saídas de recursos e vendas/compras realizadas.

Ainda não tem um fluxo de caixa? Veja nosso texto sobre como montar um fluxo de caixa.

Quer aprender de uma vez por todas como fazer a demonstração de fluxo de caixa? Sem problemas, ensinaremos! Porém, não é tão simples assim, por isso, foco no texto e muita atenção!

O que é exatamente a demonstração de fluxo de caixa

Esse é um ponto de suma importância a ser trabalhado, porque é preciso entender exatamente o que é a demonstração de fluxo de caixa, até mesmo para não integrar dados que, na verdade, sequer fazem parte.

O objetivo da demonstração de fluxo de caixa é demonstrar/fornecer informações referentes as entradas e saídas de recursos da empresa. Simples assim! Porém, a sua organização e facilidade de visibilidade/projeção são os maiores desafios.

Raramente trabalha-se a demonstração de fluxo de caixa de forma isolada, esse é o grande X da questão. Utilizando-se de outras análises conjuntamente, tem-se como interessem em analisar o fluxo de caixa para verificar se realmente está “fechando” tais investimentos/ganhos.

Outro fator fundamental da demonstração de fluxo de caixa, o qual não é apenas “mera faculdade” do empresário, mas sim obrigação, é quando se possui uma empresa com caráter acionário. Quando estamos em “frente” a essa situação, tem-se de pagar os famosos dividendos e participações nos lucros, sendo obrigatório de X em X período o fornecimento de documento de demonstração de fluxo de caixa, para poder averiguar quais são os valores que cada acionista tem de receber.

Veja nosso texto sobre empresas de capital aberto, assim compreenderá todo o sistema de caráter acionário e comercialização em Bolsa de Valores.


Então, temos como principais objetivos da demonstração de fluxo de caixa a avaliação de alternativas de investimento, controlar em um determinado período o reflexo monetário das decisões da empresa, facilitar na tomada de decisões no tocante a liquides/iliquidez de recursos da empresa futuramente e, por fim, manter um rígido controle dos valores financeiros que entram e saem da empresa.

Tipos de demonstração de fluxo de caixa

Embora não exista uma “regra” previamente estabelecida sobre como fazer a demonstração de fluxo de caixa, tem-se, segundo estudiosos de contabilidade, basicamente duas formas básicas, o fluxo de caixa direto e o fluxo de caixa indireto.

A quantidade de informações e dados que serão utilizados na demonstração de fluxo de caixa varia de acordo com quem o elabora, até mesmo devido as peculiaridades de cada segmento de negócio.

Lembramos que para elaborar a demonstração de fluxo de caixa será preciso criar uma planilha. Desde já, sugiro ler nosso texto sobre como fazer uma planilha, o qual traz, inclusive, a questão de gráficos que são muito úteis na questão de análises dos dados.

Ah, já ia esquecer. A demonstração de fluxo de caixa compreende 3 categorias: investimentos, atividades operacionais e atividades financeiras;

Vamos aos tipos de demonstração de fluxo de caixa?

Demonstração de fluxo de caixa Direto

Particularmente, vejo esse sistema de demonstração de fluxo de caixa mais “enxuto”, concentrado, tendo como foco trazer as informações de uma forma mais geral e que abranja em sua totalidade o fluxo de caixa.

O ponto principal que diferencia esse tipo de demonstração de fluxo de caixa dos demais é o fato de trazer os dados e valores brutos, sem descontos. Perceba que nesse caso, tem-se um fluxo de caixa “auxiliar”, já que será necessária outras informações pertinentes para conseguir chegar no que realmente importa, que são os lucros, despesas e funcionamento de uma forma geral da empresa.

Assim, normalmente utiliza-se a demonstração de fluxo de caixa direto quando tem-se um conjunto de outros demonstrativos, caso contrário, não é o mais indicado.

Como já frisado, não existe uma regra geral sobre quais são os pontos que devem ser tratado no documento de demonstração de fluxo de caixa, porém, segundo especialistas, aconselha-se a no mínimo constar as seguintes informações:

Atividades operacionais: recebimentos, pagamentos de fornecedores, pagamentos de funcionários, pagamento de credores e diversos, recolhimento de impostos e disponibilidade (resultado);

Atividades de investimentos: recebimento de venda de imobilizado, aquisição de ativos permanentes, recebimento de dividendos, pagamento de dividendos e a disponibilidade (resultado final);

Atividades de financiamentos: novos empréstimos, amortização de empréstimos, integralização de capital, emissão de debêntures, pagamento de dividendos e disponibilidade (resultado);

Lembrando que a demonstração de fluxo de caixa direto leva em consideração os valores brutos, então, não faça quaisquer descontos.

Caso deseje integrar novas informações não tem problema, afinal, cada negócio tem suas peculiaridades, porém, cuidado para não “poluir” muito a sua planilha de fluxo de caixa (demonstração).

Demonstração de fluxo de caixa Indireto

A demonstração de fluxo de caixa indireta se caracteriza pelo fato de partir do lucro líquido, para assim encontrar os gastos e demais informações. Assim, dentre os ajustes/descontos temos como exemplo a depreciação, amortização, exaustão e até provisões.

Nesse modelo de demonstração de fluxo de caixa indireto não teremos as atividades operacionais, mas sim a categoria de LUCRO LÍQUIDO.

Veja as informações “mínimas” que devem constar na sua demonstração de fluxo de caixa indireto:

Lucro Líquido: aumento de estoques, aumento de clientes, depreciação, pagamentos a funcionários, pagamentos de tributos, contas a pagar, aumento de fornecedores. Isso gerará a disponibilidade, ou seja, o fluxo de caixa operacional líquido.

Atividades de investimentos: recebimento de venda de imobilizado, aquisição de ativos permanentes, recebimento de dividendos e disponibilidade (resultado).

Atividades de financiamentos: novos empréstimos, emissão de debêntures, amortização de empréstimos, integralização de capital, pagamento de dividendos e disponibilidade (resultado).

O mais indicado é trabalhar com a demonstração de fluxo de caixa direto, mas, separadamente, apresentar TAMBÉM a demonstração de fluxo de caixa indireto, com certeza será um sucesso a sua demonstração.

Vantagens de utilizar a demonstração de fluxo de caixa

A demonstração de fluxo de caixa (D.F.C) permite a comparação de entradas e saídas de valores, permitindo uma análise detalhada de projeção quanto as sobras ou faltas de dinheiro. Também, tornará possível o controle e avaliação das decisões tomadas, observando-se a relação monetária (se está ou não sendo vantajosa financeiramente a decisão).

Além das vantagens acima mencionadas, também podemos frisar o fato da D.F.C ser utilizada internacionalmente, permitindo que a demonstração seja transmitida dentro dos padrões de quaisquer empresas, nacionais ou internacionais, em outras palavras, facilitará a comunicação em busca de investidores, inclusive investidores anjos.

A utilização da demonstração de fluxo de caixa é simples e mais fácil de entender, ao contrário do modelo D.O.A.R. Frisa-se que, embora mais simples, é tão eficiente quanto o outro sistema, o qual leva em consideração o setor financeiro geral da empresa.

Por fim, outro ponto realmente importante é o fato de se conseguir estabelecer pontos de equilíbrio financeiro com a utilização da D.F.C. Uma boa dica na elaboração da demonstração é fazer uso de sistemas gráficos, os quais podem ser desenvolvidos nas próprias planilhas do Excel.

Dicas finais

É comum encontrarmos pessoas que ao desenvolver o material, acabam por deixar fora alguns gastos e receitas. Quando se trata de fluxo de caixa, qualquer centavo pode fazer diferença, ainda mais quando somados em períodos anuais.

Procure inserir todos os dados corretamente e, principalmente, ao elaborar a demonstração de fluxo de caixa, não “encha” de informações desnecessárias, busque ser sucinto e fornecer as informações que realmente traduzem o seu fluxo de caixa.

Também, evite criar dezenas de categorias para enquadrar cada “micro despesa/receita”, coloque uma categoria com, por exemplo, DIVERSOS, e nela lance os demais dados que deseja. Caso contrário, você poluirá demais a sua planilha com informações e será muito difícil distinguir o que realmente importa.

Que tal fazer a demonstração de fluxo de caixa da sua empresa e averiguar se suas finanças estão em equilíbrio?

FIQUE ATUALIZADO!

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