O conhecimento é o maior ativo das empresas, sendo o maior ativo individual, pois estamos na era do conhecimento. A gestão do conhecimento não é uma tendência de mercado e sim uma oportunidade positiva de mercado e deve ser planejada estrategicamente para compor a empresa, pois só o conhecimento existente é capaz de criar melhorias, inovação, novos produtos e serviços que satisfarão as necessidades dos consumidores.
A gestão do conhecimento além de competitiva é também criativa e sustentável, pois o conhecimento não gera escassez, além de a empresa adquirir outros conhecimentos com a curva de experiência que veremos mais abaixo.
Gestão do conhecimento aplicada ao negócio
Todo conhecimento que a empresa possui sobre o mercado muda constantemente e deve ser aprimorado com novas pesquisas na tentativa de se buscar novo diferencial. É aí que entra o conceito já discutido e bem disseminado no mercado que é a inteligência competitiva que constitui um conjunto de pesquisas, análises e o uso da tecnologia da informação para obter decisões e em consequência disso o posicionamento de mercado.
O conhecimento pode ser tanto interno quanto externo. O conhecimento interno constitui um conjunto de dados, informações que formam o conhecimento que se tem sobre o ramo, o negócio e a própria empresa e o conhecimento externo constitui todo o conhecimento do mercado e do andamento do ramo no aspecto macroeconômico.
Planejamento da gestão do conhecimento
O capital intelectual constitui um processo de identificar e compartilhar a utilização do conhecimento existente na empresa para maior agregação de valor. O único ser capaz de aprender e deter conhecimentos na empresa para utilizá-lo da melhor forma possível é do ser humano.
Para que haja na empresa capital Intelectual suficiente e transformador é necessário que a empresa implante uma eficiente gestão por competências conceito já visto anteriormente.
A gestão por competências busca organizar, orientar, incentivar a busca do conhecimento para que os colaboradores tenham cada vez mais o maior grau de formação, formação de habilidades, competências e outros.
Muitas empresas que formam a gestão por competências de forma estratégica fazem a partir do diagnóstico de todo o conhecimento necessário para que a empresa ocupe o melhor posicionamento de mercado e ainda seja capaz de produzir produtos e serviços com excelência na qualidade e para isso toma iniciativas voltadas para o constante aprendizado de seus colaboradores, uma vez que o conhecimento, habilidades e competências pertencem aos colaboradores que detêm todo o capital intelectual.
O desafio do mercado é tornar o colaborador em colaborador que aprende e que tem a capacidade de exercer todo o aprendizado de que dispõe.
Quando as empresas admitem universitários para compor o quadro funcional de estagiários, trainees e profissionais que serão efetivos na verdade através do processo seletivo estão procurando colaboradores que sejam capazes de aplicar todo o conhecimento obtido nas universidades.
Ambiente de conhecimento
Para que a empresa seja um ambiente organizacional que aprende constantemente e que alinhe conhecimentos e estratégia é preciso que o ambiente esteja voltado para essa realidade, isso é possível quando há uma estrutura e uma cultura. De forma que a haja liderança nas pessoas eficazes que incentivem o aprendizado constante.
A gestão de pessoas do ambiente de conhecimento possui alguns valores:
- Quanto mais conhecimento é partilhado mais se aprende e se agrega;
- A generalização e a especialização devem caminhar juntas;
- O colaborador de base também pensa, retirando do ambiente de trabalho os meros executores de tarefas;
- A gestão do conhecimento agrega conhecimentos e partilha isso é uma constante.
Antes de estruturar gestão de conhecimentos, é necessário não perder o foco e para isso se faz necessário responder á questões: o que é conhecimento? O conhecimento envolve todo aprendizado formal e informal, estruturado ou não com os meios que são a observação, a documentação de observações, a informação em diversos meios de comunicação ou recursos didáticos que foram estruturados através da formalização de teorias que eram antes apenas experiências.
O ser humano aprende de forma tácita, explícita e implícita.
Como a empresa forma conhecimento
Para que o conhecimento não se perca, a organização deve estruturá-lo, administrá-lo, documentá-lo e encontrar formas de disseminá-los para que todos saibam quais são os valores, a missão, visão de futuro e os objetivos da organização a qual pertence.
Já vimos que o capital intelectual é um ativo intangível pertencente ao indivíduo que possui também habilidades, competências e experiência.
Então o grande desafio das empresas é conseguir reunir capital intelectual atraindo e retendo talentos.
A organização retém capital intelectual quando promove um ambiente de trabalho propício ao aprendizado constante, como também ao desenvolvimento de forma a estimular a participação e o envolvimento em um ambiente capaz de reconhecer o colaborador que busca aprendizado e melhoria constante.
O desenvolvimento do capital intelectual surge de medidas como os fóruns de discussões, os blogs em intranets, oficinas e outras ações que buscam desenvolver e integrar todo o conhecimento possível.
Os trabalhadores da era do conhecimento têm necessidades distintas provocadas pelo próprio conhecimento que são: o equilíbrio da vida pessoal e profissional, o acesso de vários aplicativos e o trabalho em qualquer local com possibilidades de poupar tempo evitando tarefas desnecessárias.
O trabalhador do conhecimento é aquele que busca informação, aprendizado e melhores formas de trabalhar com um excesso de informações e responsabilidades sempre empenhado a fazer o melhor em prol da empresa e de sua própria carreira.
Inteligência empresarial
A inteligência empresarial compõe um conjunto de empreendedorismo constante, praticado pela empresa e que incentive a organização como um todo, além disso, a inovação e conhecimento constituindo assim um tripé.
De forma prática a empresa poderá trabalhar com seus colaboradores alguns projetos de aprendizagem.
Os projetos de gestão de conhecimentos são aqueles que buscam diagnosticar a deficiência de aprendizagem da empresa para que se crie um ambiente de constante aprendizado e inovação.
Depois dessa etapa a outra etapa é a constituição do ambiente de aprendizado com cursos, palestras e incentivos á continuidade da formação acadêmica, de forma que haja treinamento constante, discussão, erros e acertos, análise e planos de ação.
A organização que aprende não pune erros de execução, analisa os erros, é uma organização que tem memória, documenta e dissemina toda a sua curva de experiência.
A curva de experiência busca demonstrar para os colaboradores onde a empresa estava e seus erros que impulsionaram nova visão e atitudes e o presente o que ela conquistou errando e acertando e onde pretende chegar a longo e a curtíssimo prazo.
A organização que aprende
A organização que aprende implanta em seu ambiente, atitudes como:
- O mapeamento de conhecimentos adquiridos e os conhecimentos necessários;
- Alinhamento do conhecimento com a estratégia da empresa.
Outra característica da organização que aprende é que a organização com capacidade de aprender faz mais uso de meios de comunicação e de informação, possuindo maior transparência e valores organizacionais como a valorização de competências comportamentais, colaboração, cooperação constante e pensamento sistêmico. Além de um ambiente voltado para o plano de carreira.
A gestão de conhecimentos requer projetos que trabalhem os fatores críticos de sucesso para sua implantação, fatores como a cultura e clima organizacional, apoio da alta administração, infraestrutura técnica e de tecnologia da informação disponível.
Os projetos de gestão de conhecimento são aqueles que envolvem: governança e melhores práticas, gestão de qualidade total, gestão de competências e curva de aprendizagem e experiência com lições aprendidas e benchmarking.