Neste artigo ensinamos como elaborar o fluxo de caixa. Quem nunca escutou o termo corriqueiro: fechar o caixa? A tarefa de fechar o caixa inclui atividades como conferir recebimentos e pagamentos e que pode constituir uma tarefa repetitiva, mas que é fundamental para o controle financeiro.
Mesmo as empresas não comerciais precisam manter o acompanhamento do fluxo de caixa. Isso, porque é pelo fluxo de caixa, uma das principais ferramentas do controle financeiro, é que é possível realizar um planejamento com antecipação das necessidades de dinheiro para sanar obrigações inadiáveis.
O planejamento deve ser realizado com análise e observação de problemas como: maior volume de pagamentos do que de recebimentos. Pela análise é possível evitar saídas extras em períodos que o fluxo de caixa possui entradas de menor volume.
Requisitos para elaborar o fluxo de caixa
Para se elaborar o fluxo de caixa de forma eficiente é necessário dado econômico e financeiro que deverão ser fidedignos, confiáveis e estar à disposição do administrador financeiro.
É papel do administrador financeiro a busca por informações e dados que sejam exatos, corretos e de todos os departamentos da empresa.
Implantação do fluxo de caixa
Para elaborar o fluxo de caixa e implantá-lo, a empresa deve optar pelo regime de caixa, considerando efetivamente desembolsos e ingressos.
O fluxo de caixa deve ser elaborado com o regime contábil, pois pelo regime de caixa faz-se a apropriação de valores e como essa apropriação modifica os resultados, dessa forma são estruturados os recebimentos e desembolsos.
Composição do fluxo de caixa
O fluxo de caixa deve ser estruturado em fluxo operacional e extraoperacional.
Para elaborar o fluxo de caixa operacional e o fluxo extraoperacional é necessário antes elaborar um plano de contas apropriado com contas de estoques, impostos, fornecedores, clientes e etc.
Fluxo operacional – o fluxo de caixa é formado por itens responsáveis pela atividade fim da empresa, representados por recebimentos de vendas à vista, descontos, duplicatas e outros fatores que representam receitas.
Os desembolsos operacionais são marcados por compras de matéria-prima, pagamento de salários, despesas em geral e custos indiretos.
Fluxo extraoperacional – aqui são contabilizados os itens não relacionados com as atividades fins e suas respectivas contas de receitas e despesas.
Estrutura do fluxo de caixa
O fluxo de caixa deve ser estruturado com duas colunas: contas a receber e contas a pagar.
O lado de contas a receber será composto de todas as entradas representadas por vendas à vista, recebimento de duplicatas, descontos, antecipações, recebimento de aluguéis, receitas financeiras e outros.
No plano de contas a pagar é representado por salários, fornecedores, encargos sociais, contas como água, luz, telefone e outros.
Continuando os itens do fluxo de caixa, esses são divididos em recebimentos e pagamentos. Dessa forma, pode se apurar a diferença que resultará em uma posição positiva, negativa ou nula. A estrutura deve conter também o saldo inicial de caixa que é igual ao saldo final do período anterior.
Dessa forma, tem-se também itens como a disponibilidade acumulada que é a diferença do período e o saldo inicial.
Calculando-se também o nível desejado do período, tendo-se o disponível para o próximo período em razão do volume de receitas e despesas.
A revisão do fluxo de caixa deve ser mensal com atualização que considere o realizado e o que falta para realizar, avaliando-se o orçado e o realizado evitando-se acúmulo no fim do mês.
Por fim, o fluxo de caixa deve ser um instrumento de controle, análise e constante revisão.
Se o fluxo de caixa não for um instrumento de análise não adianta a sua elaboração.
Com o auxílio do fluxo de caixa, os administradores podem analisar atrasos de pagamentos de obrigações, dificuldades em equilibrar contas a receber e a pagar e ainda o capital de giro necessário para manter as atividades operacionais.
Um modelo de fluxo de caixa deve definir o prazo para projetar o fluxo de caixa.
O ideal é elaborar o fluxo de caixa que tenha controle semanal de entradas e saídas.
É importante ressaltar que o fluxo de caixa é apenas mais um recurso da gestão financeira. Outros documentos são: balanço patrimonial, custos e formação de preços, controles auxiliares e demais instrumentos para um planejamento financeiro estratégico.