Administração da produção

Administração da produçãoTodas as empresas precisam produzir para se manterem ativas no mercado e não só as empresas, como também os países devem produzir para manter o desenvolvimento, por isso, a administração da produção é um assunto tão estudado, discutido e influente nas empresas.

Antes de estudarmos os pontos cruciais da administração da produção vamos conceituar gestão da produção.

Gestão da produção é um conjunto de processos ou atividades que através de mecanismos repetidos de entrada de insumos, transforma estes insumos em saídas, ou seja, em produtos ou serviços. Estes insumos podem ser: matéria-prima, conhecimento, mão de obra e outros.

Portanto, gerir produção é a ciência de gerir produtividade, recursos escassos e estratégia que fazem parte do dia a dia das empresas industriais, comerciais e de serviços.

Princípios da administração da produção

Tangíveis ou físicos. Esses fatores constituem decisões quanto à estrutura, localização da fábrica, capacidade produtiva, automação, tecnologia e etc.

Decisões sobre localização

A empresa precisa estruturar sua produção com decisões sobre o que produzir, como e onde.

Sobre as decisões de o que produzir os dirigentes devem decidir com base no planejamento estratégico e com base em pesquisas de mercado realizadas anteriormente.

Além dos conhecimentos sobre o setor, sobre a tecnologia a ser empregada e estudo de aquisição de insumos para produção do produto ou serviço e demais componentes mercadológicos. Outros fatores a serem decididos no processo de administração da produção são os fatores: onde instalar a fábrica, o comércio ou a unidade de negócios.

Essa decisão da localização deve considerar um estudo sobre a região ideal para instalar a nova unidade fabril ou a unidade fabril recente no mercado.

A decisão deve considerar a existência de rodovias que servem como apoio para as operações logísticas, a proximidade de locais estratégicos para armazenamento e distribuição, considerando custos logísticos e estratégia em rotas.

O mercado, para qualquer setor de negócio começa na própria região em que o produto ou serviço é produzido e distribuído, por isso, é também cabível um estudo de mercado potencial.

E por fim, é necessário também pesquisar sobre a capacidade produtiva da região, pois uma região com capacidade produtiva é aquela em que além da infraestrutura, existe também uma mão de obra capacitada e, além disso, a existência de matéria-prima.

Mas estrategicamente falando, muitas empresas decidem instalar em determinado local pelo motivo de que existe uma demanda ainda não trabalhada no local e que em “mãos certas” será uma demanda em potencial.

Não fugindo ao tema, voltemos para tratar do assunto capacidade produtiva.

Capacidade produtiva

A capacidade produtiva consiste na quantidade mensurada a ser produzida em determinado espaço de tempo. Deve-se considerar a quantidade, o tempo, as perdas, o retrabalho ou gargalos na dinâmica de produção.

O estudo da capacidade produtiva além de considerar os tempos, considera também métodos aplicados no processo, tecnologia e a melhoria constante de processos.

Sem esquecer é claro, da qualidade total que tem como origem a própria capacidade produtiva.

Mas em termos de medidas mensuráveis da capacidade produtiva, vamos estudar mais sobre tempo: tempo calculado por estimativa, tempo histórico, com base no tempo passado e tempo calculado com base em cronômetros.

O importante é que haja um cálculo do tempo e análise de possíveis fatores que determinaram um tempo melhor ou um atraso nos processos. O importante é que existam revisão e estudo dos tempos.

Produtividade

A produtividade pode ter vários sinônimos como a utilização eficiente de recursos, a capacidade de produzir muito em um curto espaço de tempo e entre outros. O importante é que a produtividade é a arte de fazer mais com menos. Ou seja, realizar mais e com melhor qualidade e com menos recursos, pois além dos recursos serem escassos existe também a preocupação da produção com a economia de custos.

Por isso, é que a administração da produção é constantemente preocupada com as estratégias de produção.

Estratégias de produção

A função estratégica da produção é aperfeiçoar o uso dos recursos, fazendo com que os recursos estejam alinhados à estratégia da empresa para a produção de bens ou serviços.

Esta produção deve estabelecer estrategicamente os vários níveis ou fatores de produção:

  • Qualidade;
  • Capacidade produtiva;
  • Layout de produção;
  • Gestão da cadeia de suprimentos e outros.

Para ter-se competitividade, as empresas precisam alinhar sua produção à estratégia empresarial, contanto com os principais fatores críticos ou competitivos da produção:

  • Custos;
  • Qualidade;
  • Tempo;
  • Confiabilidade.

O custo é primeiro fator de competitividade na produção, pois produzir com qualidade e com custo baixo, oferecendo um preço acessível, significa ganho de mercado e em consequência expansão e crescimento para as empresas. Possibilitando assim, que a empresa seja competitiva ao distribuir seus produtos e criar novos pontos de venda.

Mas, o caminho de competitividade por custos não é tão simples assim, para as empresas se tornarem competitivas quanto ao custo é necessário que as empresas possuam economias de escala, ou seja, consigam produzir muito e com qualidade por um custo baixo.

Para isso, é necessário contar com uma eficiência de sistemas, de Recursos Humanos, de instalações, de materiais e etc.

Outro fator estratégico e competitivo para as empresas é a qualidade.

Qualidade

A cultura do controle da qualidade surgiu em 1949 no Japão, a cultura de qualidade introduziu diversos conceitos no mercado, dentre eles estão o desenvolvimento do produto, com métodos que utilizavam os processos de inspeção e controle do processo.

Com a evolução da qualidade surgiu uma metodologia de controle de qualidade com o que se chama de garantia da qualidade, isso quer dizer que todo o processo de produção será controlado, coordenado e integrado, considerando fatores como comunicação, suprimentos, aprendizado e gerenciamento.

Atualmente as empresas vivem na época da qualidade total, que constitui no gerenciamento da qualidade com planejamento. Isso quer dizer que existe uma valorização da gestão por melhoria nos processos.

Dessa forma, a qualidade está mais preocupada com a agregação de valor, e para que haja valor agregado é necessário que antes se tenha os enfoques de se produzir com a eliminação de desperdícios.

Para isso, a gestão pela qualidade considera eliminar desperdícios com ferramentas como a previsão da demanda.

A previsão da demanda estabelece o quanto de recursos utilizarem, quanto produzir e quais os arranjos necessários para a produção de acordo com a demanda.

Nessa dinâmica é necessário que haja, portanto, a eliminação de espera do material, eliminação de filas de produtos para serem acabados e eliminação de filas de clientes aguardando. Para que haja essa eficiência sem desperdícios e tempo de espera é que se deve repensar o fator transporte.

Esse fator é bem amplo, pois sua dinâmica muitas vezes foge do controle da empresa, isso acontece quando os produtos ou insumos precisam percorrer longas distâncias, estradas difíceis e com riscos, quando há greves e outros contratempos.

Por isso, o transporte é um fator que merece atenção, estudo e planejamento, como também avaliação, coordenação e gerenciamento.

O layout deve ser outra preocupação da gerencia de qualidade. Pois, o layout deve possibilitar movimentação, redução quanto a desperdícios de tempo e materiais.

Considerando que a produção trabalha com vários tempos, por exemplo, o tempo de espera do material, o tempo para o material chegar ao posto de trabalho, o tempo de produção, o tempo de espera para que o produto seja movimentado na linha de produção.

Outra preocupação é com o armazenamento de material se está correto, como também as formas adequadas de se transportar.

E para que o tempo e recursos estejam alinhados, é na redução de desperdícios e aumento da qualidade que são necessários trabalhar com diversas decisões como: quão complexo deve ser os processos no ambiente de produção para que não ocorram desperdícios causados pelo aumento de contratação ou quantidade de processos? A coordenação entre departamentos elimina gargalos e desperdícios ou aumenta? Existem departamentos com excesso de demandas e que produzem gargalos? Existe a possibilidade de melhoria nos processos que atenderão às necessidades dos clientes?

Mapeamento de processos

Para analisar a eficiência e gerir de forma adequada a produção, é necessário estudar os processos. Até porque, são nos processos que podem ser verificados todos os fatores e determinantes da produção, vejamos um exemplo: antes de mapear é necessário entender como isto acontece.

É necessário primeiro escolher a atividade a ser mapeado, depois conhecer quem, o objetivo da atividade e a função de todos os atores envolvidos como departamentos, fornecedores e clientes.

Depois de verificadas as atividades do processo, com suas entradas, processamento e saídas, é necessário que se defina quais as limitações, problemas como demoras significativas, excesso ou falta de material, dificuldades de cumprir requisitos e outros.

Na dinâmica de processos é preciso registrar que a empresa é um sistema aberto e que recebem do ambiente as informações, materiais e recursos em geral que serão transformados em entradas, e essas entradas serão processadas e resultarão em produtos ou serviços.

Entre os fornecedores dos processos podem estar envolvidos distribuidores, as entradas podem ser as peças. E depois o processo que pode constituir um mapa de até nove atividades como:
entregas, registros, verificações, reparos ou confecção, aprovação, obtenção de peças, instalação de peças, testes, entrega e pós-venda.

As saídas é o produto pronto e entregue e tem como consequência a satisfação ou não do cliente.

Quanto às saídas, as empresas devem se preocupar com dois fatores cruciais: confiabilidade e flexibilidade.

-Confiabilidade: a confiabilidade está relacionada em como o consumidor receberá seus produtos ou serviços e para a empresa isso significa tempo, qualidade e custos. Portanto, trata-se de um indicador que alinha critério de qualidade e sucesso na estratégia de produção e vantagem competitiva para as empresas.

-Flexibilidade: todos os empreendedores iniciantes ou que já têm experiência de mercado, já ouviram falar sobre resposta rápida. Sendo que para responder às necessidades do mercado de forma rápida e competitiva, a empresa deve contar com sua capacidade de flexibilidade.

Flexibilidade é, portanto, uma das características mais úteis e necessárias para a gestão da produção de qualquer empresa, pois estão relacionadas à capacidade da empresa de adaptar sua produção às necessidades dos clientes e tendências de mercado, e em consequência as mudanças necessárias na empresa no que tange melhoria de processos, valor agregado e necessidade de adaptação de processos para inovação.

A administração da produção deve ser, portanto, uma área estratégica da empresa e que responda às necessidades da organização em se tornar mais competitiva.

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1 COMENTÁRIO

  1. Gostei da abordagem feita sobre a administração da produção, feita de forma simples e prática dentro do que vivemos na rotina diária dentro das empresas que conhecemos e já tivemos experiências próprias.

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