A educação profissional e contínua, tão importante para o desenvolvimento profissional, se tornou uma responsabilidade das empresas, que além de promoverem o desenvolvimento de seus colaboradores em busca de capacitação e requalificação também buscam solucionar questões estratégicas, promovendo o aprendizado de seu principal recurso que é o capital humano.
Para as empresas o aprendizado organizacional significa evolução e maior competitividade, além do amadurecimento da gestão que se voltará para aquisição e retenção do conhecimento corporativo e para um programa mais sólido de retenção de talentos.
A educação corporativa, como o desenvolvimento de pessoas, tem um compromisso de aprendizagem em longo prazo e com maior participação e integração dos colaboradores ao contrário dos programas de treinamento que propõe soluções imediatas.
Não há dúvida de que as empresas que mais se destacam no mercado são aquelas capazes de produzir, expandir e partilhar conhecimentos com o público interno e externo. Por isso, para manter a competitividade tantas empresas estão investindo em educação corporativa.
A educação corporativa está relacionada ao desenvolvimento da administração empresarial que evoluiu com a globalização que demanda estratégias organizacionais, flexibilização e adoção de uma gestão voltada ao constante aprendizado organizacional.
O que gerou também a necessidade por um ambiente corporativo voltado para o conhecimento foi o fato de que a concorrência global demanda excelência e reestruturação produtiva.
Outra característica é o fato de que as empresas estão inseridas em um ambiente que demanda do mercado profissionais qualificados capazes de colaborar estrategicamente com a corporação, que em decorrência disso, possui capital humano mais competitivo e precisa investir no constante desenvolvimento deste capital.
O profissional dessa nova realidade também deve possuir comportamentos e atitudes que o mercado exige para a continuidade de aprendizado.
A base para o aprendizado organizacional é exatamente a transformação da visão sistêmica do ser humano, ou seja, despertar esta visão sabendo que o ser humano tem capacidade de criar, criticar e que tem consciência de suas habilidades e inteligência.
Portanto, as organizações que aprendem acreditam no colaborador como detentor de habilidades e competências a serem afloradas proporcionando melhor produtividade.
As principais atividades das organizações que investem na educação corporativa é construir, dar suplementos e organizar conhecimentos, a fim de adaptar o desenvolvimento e a eficiência organizacional.
Peter Senger foi o maior estudioso do ramo da aprendizagem organizacional e segundo ele, para atingir seus objetivos, a aprendizagem organizacional precisa focar nos seguintes aspectos ou disciplinas:
Visão compartilhada – é uma capacidade para o enriquecimento e construção de aprendizado de forma mais efetiva, pois os objetivos são facilmente percebidos e alcançados quando resultam da vontade própria e não por imposição.
Modelos mentais – são ideias que estão profundamente enraizadas e que constituem culturas, pois influenciam o modo como as pessoas veem e percebem o mundo.
Domínio pessoal – é parte do autoconhecimento, que auxilia a enxergar suas próprias dificuldades e assim concentrar os esforços necessários para mudar essa realidade.
Aprendizagem em grupo – quem nunca ouviu falar em trabalho de equipe? Para as organizações que aprendem isso significa que não só o trabalho deve ser partilhado como também todo o conhecimento adquirido através de experiências. É um aprendizado conjunto e de colaboração.
Pensamento sistêmico – implica a compreensão do todo, acreditando-se que a integração das partes faz a diferença e que o ambiente empresarial é complexo e dependente dos elementos que o compõe.
A educação corporativa é um componente da gestão por competências, pois acredita na formação contínua das competências.
Para a gestão de competências, o desenvolvimento deve nortear os diversos níveis e áreas da organização e o profissional deve possui como competências: conhecimentos, habilidades e atitudes.
A gestão por competências alinha as competências necessárias para a organização e assim, a próxima etapa de desenvolvimento é fazer com que os profissionais tenham essas competências.
Para isso, a gestão de pessoas precisa utilizar dos sistemas de seleção, treinamento e desenvolvimento de pessoal, o que busca diminuir a lacuna que existe entre as competências existentes na organização e as competências necessárias.
É sabido também que a educação corporativa deve acompanhar a estratégia organizacional, sendo necessária para a implantação do desenvolvimento organizacional e para a concretização de objetivos.
Para uma educação corporativa eficiente as empresas fazem uso de instrumentos como: as universidades corporativas. As organizações de aprendizagem compreendem que o mundo acadêmico não deve ser dissociado do mundo organizacional.
E por isso, frente à deficiência e a carência de base acadêmica encontrada no mundo do trabalho, algumas empresas estão implantando um ambiente virtual e presencial para uma educação que seja complementar, técnica, continuada e de reciclagem de conhecimentos.
Entre as principais disciplinas das universidades corporativas estão:
Desenvolvimento de Competências Gerenciais – essa disciplina é aplicada principalmente quando existe a necessidade da formação de equipes de alto desempenho, para atividades críticas da empresa.
Outras disciplinas são: Desenvolvimento de competências técnicas, Desenvolvimento de Competências Pessoais, Pós-graduação, Pesquisa e outros cursos de educação continuada.